sábado, 23 de julho de 2011

Gostosura eterna: Gretchen ganha coletânea com seus sucessos antigos

Ela entrou para os anais da música brasileira (a expressão é inevitável, desculpe) como a Rainha do Bumbum depois de, nos anos 70 e 80, encantar toda uma geração com seu rebolado sensual - que provocou o surgimento de muitas espinhas na garotada da época - e sucessos que passaram no teste do tempo. Essas delícias dançantes, com influências latinas e da música disco dos anos 70, como ‘Conga, Conga, Conga’, ‘Freak Le Boom Boom’ e ‘Melô do Piripipi’, acabam de ser reunidas na coletânea ‘Charme, Talento e Gostosura’.

“É interessante esse lançamento, porque muita gente queria comprar discos com essas músicas e não achava. Nem eu tinha mais esses áudios. Vai ser também uma boa maneira de me mostrar para as novas gerações. Tenho um público adolescente que sempre perguntava sobre como conseguir esse material”, conta Maria Odete Brito de Miranda, nome de batismo de Gretchen.

Aos 52 anos e incontáveis plásticas depois (“Acabei de fazer uma troca de prótese de busto, afinal, uma mulher da minha idade não tem mais essa coisa de rigidez na pele, uma hora a gente tem que se cuidar mesmo, né?”), ela é apontada por muita gente como precursora de dançarinas do axé e do pagode ou das mulheres-fruta do funk, que surgiram também abusando das generosas curvas como um dos artifícios para chamar a atenção. Mas será que Gretchen aprova a comparação, ou acha que as listadas não passam de um bando de ‘bunda mole’?

“Elas são totalmente diferentes, não têm nada a ver com meu trabalho. Acho até que podem ter se inspirado em mim, mas eu vou ficar para sempre. Hoje, não se fala mais em Carla Perez nem em Sheila, que faziam só um trabalho de dançarinas. O meu era diferente, eu sou cantora. Meu trabalho está eternizado, elas foram passageiras”, dispara. LSM

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