sábado, 28 de janeiro de 2012

Nos caminhos de Jimi Hendrix

Documentário brasileiro leva Pitty a percorrer locais que marcaram a vida do guitarrista em Londres

É fácil imaginar feras da guitarra como Frejat, Pepeu Gomes, Robertinho de Recife e Davi Moraes babando por Jimi Hendrix (1942-1970). No documentário ‘E Aí, Hendrix?’, porém, quem tira onda e se revela das mais experimentadas na obra do lendário guitarrista norte-americano é a baiana Pitty. O filme percorre os caminhos que Jimi Hendrix trilhou quando chegou em Londres, em 1966, e de lá foi catapultado ao estrelato.

Os guitarristas brasileiros se derreteram pelo mestre em depoimentos gravados no Brasil. Mas é Pitty quem vai à capital inglesa visitar os locais onde ele morou, morreu, além de encontrar diversas pessoas que o conheceram de perto. E quase vai às lágrimas, como no show de John Campbell (na foto, com Pitty, o cover perfeito chamado de ‘reencarnação de Hendrix’) ou quando veste um histórico paletó do próprio — e logo mete as mãos nos bolsos, na esperança que “algo” do guitarrista tenha ficado esquecido ali por décadas.

“O mais intrigante no Hendrix é que ele não era um cara com a guitarra na mão. A relação é outra: é como se fosse um membro de seu corpo”, define Pitty.

Roberto Lamounier, codiretor do longa com Pedro Paulo Carneiro, também perde a linha ao falar do ídolo. “Hendrix é o único homem que beijaria na boca!”, entrega.

Robertinho de Recife dá a melhor explicação para esse carisma que o mestre do instrumento provoca. “Antes dele, a guitarra era chamada de ‘lady’. Ele não chamava a guitarra de lady, chamava de puta”, teoriza o músico.

‘E Aí,Hendrix?’ começou a ser produzido em 2010, quando os diretores foram convidados pelo inglês Bruce Cherry, do site www.londonrocktour.com, para o evento ‘Hendrix Commemorative Experience’, que marcou os 40 anos de morte do guitarrista, em Londres. “Apesar de termos ido à Inglaterra, este é um filme brasileiro. É a visão brasileira do Hendrix”, descreve Pedro Paulo Carneiro.

Pepeu Gomes lembra, emocionado, do fatídico dia 18 de setembro de 1970. “Era muito cedo para ele desligar o disjuntor. Eu morri junto. Toda vez que ouço seus discos, sinto sua presença”, conta.

Davi Moraes resume: “Ele é o Pelé da guitarra”. LSM

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