Filho de Beto Guedes e sobrinho de Lô Borges promovem encontros musicais inspirados em seus pais e uma nova geração de artistas mineiros se joga na canção
Filho de Beto Guedes e sobrinho de Lô Borges promovem encontros musicais inspirados em seus pais e uma nova geração de artistas mineiros se joga na canção
Baterista Guto Goffi reúne a formação original do Barão Vermelho para compor e gravar uma música depois de 20 anos Quando Rodrigo Santos lançou seu mais recente disco solo e juntou os integrantes do Barão Vermelho em uma faixa, a volta do grupo — em férias por tempo indeterminado desde 2007 — começou a ser cogitada. Mais burburinho que a reunião promovida pelo atual baixista da banda, porém, promete causar o primeiro CD do baterista e cofundador do Barão, Guto Goffi, que convocou a formação original (sem o Cazuza, claro) para compor e gravar uma música, ‘Olho no olho’. Frejat, Dé Palmeira, Maurício Barros e Guto Goffi não entravam em estúdio juntos há mais de 20 anos.
“Gravei 22 músicas, deve virar um disco duplo. Tem outras surpresas além desse resgate do Barão original, como algumas parcerias inéditas com o Rodrigo Netto (ex-guitarrista do Detonautas, que morreu tragicamente em 2006 após ser vítima de assalto no Rio). Não tenho a ilusão de que esse disco vá ser um sucesso, mas depois desses anos todos na estrada, eu precisava mostrar como é a minha concepção de música pop”, antecipa Goffi, que fez até aulas de canto para registrar ele mesmo os vocais.
Provando que a química entre os quatro músicos continua funcionando bem, ‘Olho no olho’ foi feita na hora, durante uma tarde no estúdio de Frejat, na Lagoa, a partir de uma letra de Guto Goffi. “Temos um entrosamento natural e a gravação fluiu superbem, dois ou três takes bastaram”, relata o baixista Dé Palmeira. “Contribuiu o fato de que dessa vez não estávamos na posição de artistas trabalhando sobre pressão de gravadora, rádio ou outro tipo de compromisso que não fosse a simples vontade de tocar juntos”.
Frejat também adorou a iniciativa do baterista de convidar os amigos de longa data para tocar, dar risadas e fazer o que mais gostam. “Uma coisa bonita na história do Barão é que todos que entraram e saíram continuam amigos”, conta o guitarrista.
A volta do grupo aos palcos, no entanto, ainda não tem previsão de acontecer. “O Barão Vermelho é um vulcão que vai entrar em erupção, mas é um vulcão grande, demora um pouquinho para acontecer”, filosofa Guto Goffi. “Em 2012, devemos comemorar os 30 anos do nosso primeiro LP com uma turnê”, anuncia. LSM
Lulu Santos está lançando seu volume dois do ‘Acústico MTV’. O popstar, porém, se diz desencantado com os discos, ao mesmo tempo que vibra cada vez mais com as apresentações ao vivo. Esse novo CD pode ser o último de sua carreira.Frejat, enquanto entusiasticamente tenta tirar um som do instrumento do parceiro, enumera seus ídolos do samba. “Sempre gostei de ouvir samba, Paulinho da Viola, Cartola, Nelson Cavaquinho. Este, por sinal, era um cara completamente rock ‘n’ roll”, define, contrariando a declaração que lhe foi atribuída no filme ‘Cazuza’, no qual briga com o vocalista e decreta que “o Barão Vermelho não pode tocar samba”. “Colocaram isso na minha boca, justo eu que sempre dividi o gosto pelo samba com o Cazuza. É a única coisa que me incomoda no filme”, desabafa.
Devagar e sem nenhuma pressa, como diz a letra de ‘Tocando em Frente’, sua música mais famosa. Assim é o violeiro, e ator nas horas vagas, Almir Sater. “Não tenho pressa de mais nada na vida. Eu vivo disso aí, de tocar pelo Brasil, além de ser um médio proprietário de uma fazenda de gado de corte, no interior do Mato Grosso do Sul”, conta o protagonista da novela ‘A História de Ana Raio e Zé Trovão’. “Sou músico, o negócio de ator foi só um bico”, define.
Nem parecia que Cruzeiro e Atlético jogavam quando Elza Soares entrou no palco para estrear seu novo show, ‘My Soul Is Black’, em Belo Horizonte, encerrando o festival ‘I Love Jazz’. Alheias ao clássico mineiro, seis mil pessoas lotaram a Praça do Papa para conferir sua voz de trovão enfileirar clássicos do jazz, como ‘What a Wonderful World’, ‘Summertime’ e ‘Cry Me a River’. Com direção musical do guitarrista Victor Biglione, o show revela o rascunho do que será o próximo CD da cantora, primeiro mergulho exclusivo no ritmo norte-americano.