sábado, 8 de maio de 2010

'Drama' alvinegro

Botafoguense apaixonada, Erika Mader sofre quando está no palco no horário dos jogos

O teatro na Gávea já está repleto de crianças. Na mesma hora que Erika Mader entra em cena, o Botafogo entra em campo no Engenhão. Em vez da concentração típica dos atores antes de pisar o palco, sua cabeça está a mil, ligada no time do coração.

“Não dá para fazer peça infantil e ser torcedora”, define Erika sobre a ocasião, quando atuava no clássico ‘Os Cigarras e Os Formigas’, de Maria Clara Machado. “Os jogos nas tardes de domingo sempre coincidem com o horário dos espetáculos infantis. Por sorte, naquela trama eu era raptada e ficava um bom tempo no camarim, daí ligava um rádio baixinho para acompanhar as partidas”.

Sobrinha de Malu Mader, Erika é alvinegra apaixonada, ao contrário da tia famosa, rubro-negra declarada. Além de atriz, a bela jovem de 25 anos também apresenta programas no canal por assinatura Multishow. Este mês, estreou à frente do 'Bastidores', destacando as boas da cultura e do esporte no Rio de Janeiro, e no segundo semestre protagoniza a série 'Na Fama e Na Lama', na qual viverá uma ex-BBB que ficou em segundo lugar mas faz de tudo para não ser esquecida.

Na torcida pelo Botafogo em sua estreia no Campeonato Brasileiro, contra o badalado Santos, Erika topa na hora o convite para devorar um peixe, símbolo do clube paulista.

“Tenho um santista na família, o Tony Belloto (guitarrista no grupo de rock Titãs e marido de Malu Mader), mas não gosto de chegar cantando vitória na casa deles”, revela. “Meus dois primos, filhos deles, são flamenguistas doentes e levam a sério. Estão uma fera pela derrota para o Botafogo”.

A paixão de Erika Mader pelo Alvinegro teve início justamente em outro Botafogo e Santos: a emblemática final de 1995, quando o time carioca sagrou-se campeão brasileiro pela primeira e única vez.

“Comecei a gostar por causa do Túlio Maravilha, meu primeiro ídolo”, recorda. “Tinha só 10 anos, mas naquela ocasião eu e minha família, que é repleta de botafoguenses, também comemos um peixão”.

Hoje, seu maior ídolo é o técnico Joel Santana, que levantou o time depois da goleada por 6 a 0 para o Vasco.

“Esse jogo foi sinistro. Meu pai, botafoguense ferrenho e meu maior incentivador na torcida, chegou a pedir desculpas por ter me feito ser tão apaixonada pelo clube. Falei para ele relaxar. Para mim, ser Botafogo é saber que a alegria é mais intensa depois do sofrimento. É esperar o inesperado. É ser tradição”, filosofa. LSM

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