Com dois lançamentos na praça e já em turnê, o inquieto artista agora parte para dentro das rádios e TVs, mas, de antemão, lamenta que tais meios temam apostar em novidades. “É lindo ouvir o Rei (Roberto Carlos) no final do ano, mas que tal um festival de coisas inéditas também? Temos que ser música popular brasileira e não museu popular brasileiro”, dispara mais um de seus jogos de palavras. “É doloroso quando me veem só como o cara que fez ‘Água Mineral’ e ‘A Namorada’. Pô, a namorada já é vovó! Fiz muitas outras coisas”.
Além desses sucessos, Carlinhos Brown é lembrado também pelo Rock In Rio, em 2001, quando foi execrado por roqueiros ávidos por ídolos como Guns ‘n’ Roses. “Eu não estava no lugar errado, na hora errada. Fiquei mais conhecido no mundo depois daquilo e passaram a prestar mais atenção na minha mensagem por um mundo melhor”, avalia. “Se for chamado para o festival em 2011, vou com o maior prazer! Quem sabe com um show do Mar Revolto?”, sugere Brown, referindo-se ao grupo de rock que integra e que gravou um CD, ainda inédito. “Lanço em janeiro”, promete.
Enquanto ‘Diminuto’ tem inspiração em sambas, ‘Adobró’ traz elementos eletrônicos e pegada mais pop. No primeiro, destaque para o sogrão Chico Buarque, que, pela primeira vez, grava uma participação declamando um texto, ‘Suor Caseiro’, de autoria de Brown. “Em um domingo familiar, sugeri, e ele na hora disse: ‘Demorou, vou fazer’, com espontaneidade e sinceridade”, conta o genro orgulhoso.
O Paralamas do Sucesso participa dos dois CDs. Brown, por sua vez, também tem dado uma palinha no disco dos outros. “Há duas semanas gravei percussão e vocal com o Black Eyed Peas, em Los Angeles”, tira onda. LSM
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