segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Magia sexual

Conheça a prática que busca a realização de desejos através do sexo, pregada pelo polêmico mago inspirador de roqueiros como Raul Seixas

Com estreia nos cinemas prevista para 23 de março, o filme ‘Raul — O Início, o Fim e o Meio’, sobre Raul Seixas, vai jogar holofotes não só no Maluco Beleza, mas também em outros personagens que faziam parte de sua vida. Um deles, o mago inglês Aleister Crowley (1875-1947), fez tanto a cabeça de Raul — e de mais um punhado de gente, incluindo roqueiros do naipe de Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin, e John Lennon — que inspirou sua ‘Sociedade Alternativa’ e é citado nominalmente na canção. Entre os assuntos que rondam o polêmico Crowley, está o uso do sexo como uma ferramenta na magia. Mas, afinal, o que é essa tal de magia sexual?

“Magia é uma forma de direcionar sua vontade para alcançar um objetivo. Existem várias maneiras de facilitar essa canalização do pensamento, como a meditação. A magia sexual substitui a meditação pelo sexo, valendo-se da energia liberada no orgasmo, que é o momento em que a mente se desloca da matéria”, teoriza Johann Heyss, autor de ‘Aleister Crowley — A Biografia de Um Mago’. “Já tive experiências nesse sentido, algumas até assustadoras. Uma vez, no momento exato em que consegui desfazer uma magia, a calopsita da minha mãe cortou um pedaço de sua própria asa de uma maneira muito sinistra. Existe a história de um cara que usou a magia sexual para ganhar uma quantia de dinheiro. Ele sofreu um acidente, ficou paraplégico e ganhou o dinheiro do seguro”.

Fundador do fã-clube oficial do Led Zeppelin no Brasil, Luiz Claudio Rocha, o Lula Zeppeliano, também já experimentou a magia sexual. Seu ídolo — de quem acabou tornando-se amigo —, o guitarrista da banda, Jimmy Page, é um dos maiores divulgadores da obra de Crowley.

“Quando apertei a mão dele pela primeira vez, logo vimos que éramos dois thelemitas (seguidores da doutrina Thelema, propagada por Crowley). Conhecer o Page foi fruto de uma vontade que mentalizei. Hoje, porém, não uso mais a magia sexual porque passa a ser algo sem limite, de achar que tudo que eu quero, eu posso. Apesar de que, uma vez que você entra na magia, nunca mais a magia deixa de estar com você”, filosofa.

Coautor do livro ‘Raul Seixas — Uma Antologia’ e amigo pessoal do cantor e compositor, Toninho Buda travou contato com a magia sexual na época do ‘amor livre’. “Buscávamos o crescimento espiritual, com o desapego e a libertação do outro. Raul fez a música ‘A Maçã’ falando dessa libertação. Mas o que a gente queria tinha mais a ver com transar com o maior número de mulheres sem aborrecimento ou compromisso! Na verdade, esse papo de magia sexual era maravilhoso para disfarçar a nossa molecagem inata!”, entrega.

‘SÃO AS CENAS MAIS CHOCANTES DO FILME’
Toninho Buda é coautor, junto de Antônio Guedes, do filme de propaganda da Sociedade Alternativa ‘Contatos Imediatos do IV Graal’, de 1979, que tem algumas cenas incluídas em ‘Raul — O Início, o Fim e o Meio’.

Antônio Guedes e Toninho Buda em ‘Contatos Imediatos do IV Graal’

“São as partes mais chocantes do documentário, as pessoas que já viram ficam horrorizadas. A cena ‘O Sacrilégio de Baphomet’ representa a morte do deus Pan, das florestas, da natureza. Pena que esta cena esteja sendo interpretada como magia negra, pois ela representa exatamente o que a sociedade está fazendo com a natureza”, lamenta Buda. LSM

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Com Rildo Hora, Gustavo Lins tenta se afastar do rótulo popularesco de pagodeiro romântico

Nunca é muito cedo, ou muito tarde, para mudar. Aos 25 anos, Gustavo Lins acredita que a hora é agora. Com a ajuda do badalado instrumentista, arranjador e produtor Rildo Hora, ele quebra um jejum de quatro anos e volta ao disco com ‘Não É Força, É Jeito’. A parceria promete afastar o cantor e compositor do rótulo de pagodeiro romântico, que o acompanha graças às baladas no gênero popularesco que são sua marca desde que despontou em 2003, com o sucesso da música ‘Pra Ser Feliz’.

“O Rildo é um maestro. Ele trouxe uma sofisticação interessante à minha música, e estou muito receptivo para perceber esta mudança. Quero me envolver cada vez mais com o samba tradicional, e isso está acontecendo de uma forma natural. ‘Não É Força, É Jeito’ é um disco mais alegre que os outros que já lancei. Também tem sambas românticos, mas fala de amor de um jeito mais alto-astral”, define Gustavo Lins.


Rildo Hora, nome por trás de importantes lançamentos de célebres sambistas, como Martinho da Vila, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho, ‘deu um jeito’ em boa parte do novo CD de Gustavo Lins, produzindo seis faixas. Chamado de ‘Midas do samba’, ele é tido como grife do gênero, e conhecido por transformar em disco de ouro os projetos que levam sua assinatura.

“Puxa, sei que tenho cara de 35, mas já estou com 72 anos. Se me fazem essas adjetivações todas, é porque meu trabalho até hoje não foi em vão”, diverte-se o produtor, cheio de modéstia. “O Gustavo deve continuar na sua música romântica, que sabe fazer muito bem, mas também pode compor bons sambas, que parecem com os chamados sambas de raiz. Ele é um dos grandes valores da nova geração. Não é um artista efêmero. Vai ficar na história do samba como um grande representante”, atesta.

Gustavo Lins não teme perder antigos fãs com a nova fase musical. Muito pelo contrário. Ele acredita que vá, inclusive, resgatar o sucesso do primeiro lançamento, êxito que nunca conseguiu repetir. “A música título, ‘Não É Força, É Jeito’, traz uma mensagem muito boa e pode ser um outro ‘Pra Ser Feliz’. A receptividade ao novo disco está ótima e estou muito satisfeito por dar esse passo à frente como artista”, comemora Lins. “Meu último CD foi lançado em 2008. Tirei esses quatro anos para me renovar, para refletir qual seria o próximo passo. São nove anos de carreira e, no início, eu lancei um disco atrás do outro. Realmente precisava dar uma repensada”.

Gustavo Lins assina um punhado de canções gravadas por Belo, Exaltasamba, Sorriso Maroto e Pique Novo, entre outros nomes do pagode. O jovem artista promete que vai continuar munindo essa turma de composições, e anuncia que 2013 será um ano de festa. “Vou completar 10 anos de estrada, quero preparar algo grande para marcar a data. Até lá, as pessoas podem esperar que vou compor muitas músicas, só que agora como um artista cada vez mais autêntico, com identidade cada vez mais forte”, decreta.

MAESTRO DO SAMBA
Gaitista, violinista, cantor, compositor, arranjador e produtor, o pernambucano Rildo Alexandre Barreto da Hora veio para o Rio com apenas 6 anos. Por conta disso, e de sua forte aproximação com o samba na cidade, se considera um autêntico carioca. Criado em Madureira e atual morador da Lagoa, parece que só há uma coisa de que ele goste mais do que a Cidade Maravilhosa onde escolheu viver: se debruçar em cima de partituras para criar seus arranjos.

“Passei o Carnaval escrevendo, devagarzinho, os arranjos do próximo disco do Martinho da Vila. Hoje fiquei umas cinco horas trabalhando em uma delas. Não é fácil mexer no som de um cara que é craque”, conta.

Fera, Rildo Hora, sem dúvida, também é. Mas o que o diferencia de outros músicos, produtores e arranjadores, e que lhe conferiu a marca inconfundível que faz sua assinatura ser tão valorizada? Ele mesmo tenta explicar: “Para começar, tenho uma extrema dedicação ao trabalho dos artistas que me procuram. Tenho um jeito próprio de fazer os arranjos, e procuro não repetir, senão todo mundo ficaria igual. Porém, claro, alguns elementos fazem parte do meu estilo, e isso fica evidente. Gosto de usar o violão de 7 cordas, e a percussão com determinadas nuances que são características minhas, coisas que eu faço há tempos, desde quando comecei a trabalhar com o Martinho da Vila e com a Beth Carvalho”, define.

O som de seu mais novo pupilo, Rildo Hora elogia e diz que não teve muito trabalho para lapidar, que estava lá tudo quase perfeito.

“Não mexi na célula mãe de sua obra, só acrescentei algumas coisas do meu mundo. Nossa integração dentro do estúdio foi total. O Gustavo canta muito afinado e alcança as notas agudas sem fazer força, além de tocar violão muito bem”, atesta. LSM (foto Maíra Coelho)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

'Meu pai nunca me ajudou'

O nome de batismo não esconde o DNA: João Donato de Oliveira. Mais conhecido como Donatinho, 27 anos, o filho do célebre pianista João Donato é ultrarrequisitado por meio mundo musical e superatarefado com dezenas de projetos - como a recente estreia em CD do badalado grupo Paraphernalia - mas garante que ser “filho do homem” nunca foi determinante para abrir portas.

“Muita gente não sabe que meu pai nunca me ajudou em nada, nunca me ensinou a tocar piano, nunca me incentivou a ser músico. Tudo que conquistei até hoje foi por mérito próprio. Claro que estar em um ambiente musical ajudou, mas acho chata a comparação com ele”, desabafa Donatinho.

O cara é o que se pode chamar de multiartista: Donatinho é músico, DJ, produtor, fotógrafo e vive inventando moda. A mais recente é se arriscar como ator e assinar a direção de fotografia da série de curtas ‘Operação Topázio’.

“É uma minissérie em capítulos, no estilo dos filmes policiais dos anos 80, com direito àquelas falas fora de sincronia. O primeiro episódio está no YouTube. Tem o Kassin, o Stephane San Juan (ambos da Orquestra Imperial) e eu. A segunda parte vai trazer a Vanessa da Mata, o Gilberto Gil e teremos até uma participação hollywoodiana, que ainda não posso adiantar para não estragar a surpresa”, faz mistério.

A carreira de fotógrafo, Donatinho conta, anda mais ativa que a de músico. Ele divulga seus cliques no site www.coletivoluna.com.br e, por trás das lentes, assina como J.D. Oliver. Nos palcos, segue firme na banda de Vanessa da Mata e integra diversos grupos, como o Fino Coletivo e o Paraphernalia. Este, está em fase de divulgação do primeiro CD, ‘Ritmo Explosivo’.

“O Paraphernalia faz música instrumental, mas nada de solos intermináveis: é dançante, não é para ouvir sentado, tomando um drinque e fazendo uma cara blasé”, define. “Para acompanhar alguém, tenho que ter liberdade para fazer a música do meu jeito. Se tiver que abrir concessões, como mexer no timbre do instrumento, não vale a pena. Conquistei meu espaço e tenho minha assinatura”, decreta. LSM (foto Donatinho por Fernando Papagaio)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O som das ruas

As calçadas da cidade revelam artistas talentosos, que transformam o ritmo louco do dia a dia em música para os ouvidos

De uma banca, ouve-se bem alto o som de marchinhas de um CD oferecido a R$ 10. A poucos metros, um cara arrasa na guitarra. Perto dali, um grupo com cara de andino e vestindo roupas típicas toca flautas. Também tem sempre alguém que canta boleros, sem contar o sósia do Roberto Carlos e tantos outros. É só dar um passeio pelas ruas da cidade para encontrar vários artistas que fazem das calçadas seu palco e dos pedestres, sua plateia.


Alguns desses astros quase anônimos se destacam no meio da rotina de quem trabalha e anda apressado pelas ruas. Entre as novas estrelas das esquinas estão Buiu Beatbox e Wiliam Nunes, curitibanos de 23 anos. Há cerca de dois meses, a dupla bate ponto diariamente em frente ao edifício Avenida Central, na Avenida Rio Branco. Ali, reúnem dezenas de curiosos pela inusitada mistura de música clássica com hip hop. Wiliam toca violino e Buiu simula uma bateria eletrônica com a voz.

“O Marcelo D2 viu a gente em Curitiba e incentivou nossa vinda para o Rio. Demos canja em um show dele e não pensamos mais em voltar. Queremos ir para o Faustão”, se convida Wiliam.

Eles prometem ficar tão célebres quanto Ademir Leão, “o saxofonista da estação Carioca”, ou o guitarrista Sérgio Bap, que passa horas improvisando no Centro. Wiliam e Buiu vendem seus CDs a R$ 20, mesmo preço do DVD de Carlos Evanney, o “cover oficial do Rei Roberto Carlos”. Às sextas-feiras, ele canta e monta sua banquinha, toda em azul, no Largo da Carioca.

“Bicho, recebo aqui o carinho dos fãs, que compram discos, tiram fotos e ainda vão no meu cruzeiro pela Baía de Guanabara. O do Rei é carão, o meu é baratinho, a gente come em prato de plástico”, diverte-se Evanney, que cobra R$ 100 pelo passeio marítimo.



O violonista David Cheldon se alterna entre a Praça Saens Peña e o Largo do Machado, e garante que toca “igualzinho ao Paco de Lucia”. Mas, em vez de levar seu instrumento, ele usa um aparelho de som. “Um dia deu um problema no violão e resolvi tocar meus CDs. O público prefere ouvir o disco e conferir que foi bem gravado. Passei a vender três vezes mais”, ensina.

Essa turma só não revela quanto fatura. “Dá para viver. As pessoas também me dão roupas”, conta Maza, responsável pela trilha sonora na esquina da Rua do Catete com a Dois de Dezembro. “Só não ganho sapatos, porque é difícil encontrar alguém que calce 46!”, detalha o ‘grande’ músico. LSM (Fotos Maíra Coelho)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A promessa do Carnaval baiano 2012

No caldeirão cultural de Salvador, um cara com nome de inimigo de super-herói de série japonesa, cabeleira black power e que mistura o semba de Angola com o samba do Recôncavo é o novo candidato ao reino do Pelourinho. Francisco Pereira Chagas, 35 anos, mais conhecido na capital baiana como Magary Lord, já foi chamado de “novo Carlinhos Brown”, arrancou elogios de Caetano Veloso, foi gravado por Seu Jorge e promete abalar o País depois que aparecer no programa ‘Esquenta’, de Regina Casé, na Rede Globo, no domingo de Carnaval.

“Foi o Caetano quem levou a Regina em um show meu. Ela ficou encantada, pirou mesmo, e me convidou. As coisas estão acontecendo para mim: já recebi a Daniela Mercury no palco, a Claudinha (Leitte) me pediu canções para seu novo CD e o Carlinhos Brown também tem me apoiado”, comemora Magary Lord.

O ‘padrinho’ Caetano Veloso atesta o talento do novato: “Curti muito o show do Magary, dancei bastante e estou feliz em ver essa renovação da música baiana conduzida com essa vibração toda”, decreta.

Magary Lord abalou Salvador no badalado Réveillon do Farol da Barra e promete repetir a dose no Carnaval, como convidado do bloco AraKetu. “Acho que tenho chamado a atenção também porque minha música é sem palavrão, sem baixaria, sem bundinha. Tem muita gente preocupada com as músicas da Bahia que têm letras agressivas e que falam de sexo explícito”, explica Lord, que tem dois CDs e lança este ano o primeiro DVD, com participação de Margareth Menezes.

INFÂNCIA NO PELOURINHO
O apelido que virou nome artístico, Francisco ganhou na adolescência por causa do personagem MacGaren, arqui-inimigo do herói japonês Jaspion. Décimo primeiro filho de uma prole de 12, Magary Lord diz que sempre foi hipnotizado pela música. “Transformava meu caderno da escola em pandeiro e as panelas da cozinha em tambores”. LSM

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

As 10 lições de Michel Teló para ser uma delícia

A musiquinha de meia dúzia de versos e melodia grudenta pegou meio mundo. Quem nunca cantarolou, mesmo sem querer, “delícia, delícia, assim você me mata”? Ano passado, cerca de 5 milhões de pessoas fizeram coro e dançaram com Michel Teló nas mais de duas centenas de apresentações que ele realizou. No YouTube, ‘Ai, Se Eu Te Pego’ já acumula mais de 100 milhões de acessos.

Então, agora é a hora de colocar em prática a letra da canção. O próprio Teló lista suas 10 lições para as moças se tornarem uma verdadeira delícia. É só aprender e esperar, moçoilas: logo alguém vai tomar coragem e te pegar.

1 - Tem que ter uma energia boa, ser bem-humorada
2 - Não pode ser ciumenta: só o pouquinho que é gostoso, mas bem pouquinho
3 - Deve saber seduzir o homem com o olhar
4 - Tem que ser gostosa, malhar: que não gosta de uma mulher com tudo no lugar
5 - É bom que goste de dançar, até porque minha música é extremamente dançante
6 - Ser bem cheirosa
7 - Tem que ser inteligente
8 - Além de inteligente, tem que ser bonita: de preferência as duas coisas
9 - Tem que ser simpática. Porque simpatia vem acima da beleza
10 - E tem que ter aquela coisa que você olha e fala: Nooooooooossa! Tem que ter o nooooossa...


“Tem que ter uma energia boa, e ser bem-humorada”, começa seus ensinamentos Teló. “E não pode ser ciumenta. Só o pouquinho que é gostoso, mas bem pouquinho”, dá a dica.

Sua mulher, Ana Carolina, com quem é casado há três anos, que o diga. Houve boatos de que ela estaria surtando de ciúmes por conta da agenda frenética do marido. Imaginou-se que ela queria mesmo era dizer para ele: “Ai, se eu te pego no tapa”. Mas Teló desmente as más línguas.

“Vou falar ‘procê’... é que, quando a carreira começa a decolar, a turma começa a falar a respeito de tudo, até do que não acontece. A minha vida está muito corrida: hoje estou gravando um comercial no Rio, no dia seguinte participo de uma gravação em Goiânia, daí depois tem show no interior de São Paulo, de lá sigo para o Paraná... Mas, sempre que pode, a Carol está comigo”, explica o cantor.

Entre as lições para se tornar uma delícia, Michel Teló destaca que é preciso a moça gostar de dançar. “Até porque minha música é extremamente dançante”, ressalta.

De fato, a dancinha de ‘Ai, Se Eu Te Pego’ faz qualquer um requebrar - não só as mulheres, mas também os homens, registre-se. O rebolado, coreografando a letra maliciosa do maior sucesso de Teló, fez a cabeça do tenista Rafael Nadal e dos jogadores de futebol Cristiano Ronaldo e Neymar, entre outros notórios barbados. O mais recente a se deixar pegar foi o astro pop Bruno Mars. No meio de sua apresentação no Rio, semana passada, ele mexeu as cadeiras e sacou da manga um ‘Oh, If I Catch You’, a versão em inglês para a onipresente música — que, aliás, é originalmente um forró, que foi adaptado para o sertanejo.

Michel Teló continua com sua lista. Apesar de enumerar que a moça tem que ser bonita e gostosa (“afinal, quem não gosta de uma mulher com tudo no lugar?”), ele acredita que simpatia é mais fundamental para ser deliciosa. “É verdade, simpatia vem acima da beleza”, avalia.

Ele mesmo se mostra um cara simpático, até para rebater a metralhadora giratória de comentários e piadinhas antipáticas que disparam em sua direção na mesma Internet que o catapultou para o sucesso. Montagens com uma foto sua acompanhada de frases como “ai, se eu te pego de porrada” são das menos agressivas que pipocam no mundo virtual.

“Estando na mídia com tanta intensidade como eu, ouvir esse barulho é natural. Mas, vou falar ‘procê’, independentemente de qualquer coisa, tem que ter respeito. Quem gosta de rock, que vá curtir rock na boa. Se tem alguma música que eu não gosto tocando no rádio, eu simplesmente mudo de estação. Todo mundo tem o livre arbítrio”, filosofa.

Enquanto completa as 10 lições com os pré-requisitos “tem que ser inteligente, cheirosa e saber seduzir o homem com o olhar”, Michel Teló já está com a cabeça em algum próximo sucesso depois de ‘Ai, Se Eu Te Pego’.

“Acho que já adquiri um certo ‘feeling’ para entender como fazer uma música acontecer. Vou continuar trabalhando e fazendo isso. Falaram, quando estourou a ‘Fugidinha’, que eu seria cantor de uma música só. Aí eu vim com o ‘Ai, Se Eu Te Pego’ e estourou no mundo todo”, tira onda.

Ah, Teló, emplacar outra música nas paradas é fácil... difícil mesmo é esbarrar com uma delícia que preencha todos os itens de suas 10 lições, não é? LSM