Maturidade? Corinne chega aos 30 anos, mas a morte prematura do marido - o saxofonista Jason Rae - pode ser o determinante. Pilotando voz, guitarra e composições, a inglesa soma à base das 11 faixas do novo lançamento, segundo da carreira, pouco mais que bateria (mixada na cara, com o bumbo acima dos outros instrumentos) e baixo, além de um discreto hammond aqui e ali. O quase minimalismo instrumental, no entanto, não a limita para tirar um belo punhado de cartas da manga.
Redundante, a esta altura do texto, repetir que Corinne Bailey Rae cresceu artisticamente, mas vale imprimir que o que era meio 'música de mulherzinha', apesar de legal e desde antes ter um pé no blues e no rock, agora pisa firme com os dois pés nestes gêneros. Entre o primeiro e o segundo álbum, como que anunciando a guitarrada que viria, ela até Led Zeppelin cantou. Bom... o Babado Novo também gravou Led Zeppelin, mas, seguindo a boa tradição roqueira dos ingleses, sempre craques em reciclar o melhor da música americana, as pauleiras e baladas (sim, há umas três delas no disco) de 'The sea' o torna um belo lançamento.
Os que curtiram suas canções docinhas e de bem com a vida, entre o soft rock e o soul, não estranhem a comparação com Amy. 'Rehab' não tinha muito a ver com Corinne, mas a moça já dista daquela imagem inicial. No visual também. A voz continua a mesma, mas os cabelos... assim como o som, estão mais black power. LSM
* Crítica publicada originalmente no site Laboratório Pop (www.laboratoriopop.com.br/criticas)
Essa garota é boa.
ResponderExcluirLembro quando lançou a baladinha pop, assim, meio chinfrinzinha - mas se percebia ali alguma coisa realmente legal.
Li algo sobre ela na época. Quando criança tocava violino, mas o abandonou quando conheceu a banda Led Zeppelin - que ela ama até hoje. (só não entendi o porque do largar violino)
Ela sempre cita o Led Zeppelin em suas falas...
Que bom que cresceu musicalmente - eu não acompanhei. Mas, pelo que diz, parece que o que parecia "realmente bom" agora se concretizou.
Vou ouvir!