Chegar ao auge na profissão integrando uma respeitada equipe internacional não é coisa simples. Mas, às vezes, o destino dá uma ajudinha. Aos 10 anos, Gracilene de Moura decidiu se dedicar à ginástica olímpica em sua Goiânia natal. Sequer sonhava que a iniciativa a levaria a ser uma das acrobatas do Cirque du Soleil.
“Já morando no Rio, estava na equipe de circo do Marcos Frota quando soube de uma seleção para novos integrantes”, lembra Gracilene, hoje com 35 anos. “Mandei um vídeo meu na cara e na coragem. Nunca pensei que seria chamada, até que fui surpreendida com o telefonema me convocando”.
Ela é uma entre cinco brasileiros na grande Babel que é a badalada trupe canadense. Depois de rodar o mundo por quatro anos, Gracilene finalmente desfila seu talento para a família e amigos, no espetáculo ‘Quidam’, na Marina da Glória, de quinta-feira a domingo.
“Morei muitos anos no Rio de Janeiro. Hoje, moro dentro das minhas duas malas, vou de um quarto de hotel para outro”, diverte-se a ‘coelhinha’, sua personagem no número aéreo com tecidos. “Dá muita saudade do Brasil. Lá fora, fico que nem louca procurando uma churrascaria”.
Os desvios gastronômicos, claro, são eventuais. Nos bastidores do Cirque du Soleil, quatro chefs cuidam das refeições saudáveis e balanceadas da equipe. “Ninguém é proibido de comer nada por fora, desde que coma com responsabilidade”, conta.
Na preparação, os ginastas, atores e músicos passam por intensos ensaios e aulas de voz, teatro e dança, três vezes por semana. “É sensacional contar com toda a estrutura necessária para dar o melhor de si. Chegar ao Cirque é o top, mas em dois anos quero parar e ter a minha casa”, revela Gracilene, que até casamento arrumou no meio da empreitada circense. “Vou para a Alemanha. É que me casei com um alemão, também acrobata na equipe”. LSM
* Matéria publicada originalmente no jornal O Dia. Confira o link para o site Odiaonline:
http://odia.terra.com.br/portal/diversaoetv/html/2010/1/brasileira_do_cirque_du_soleil_tem_saudade_do_churrasco_nas_viagens_pelo_mundo_58143.html
parabéns pela matéria e, juro, morri de inveja da acrobata brasileira pois adoraria viver como ela.
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