A estreia em CD, homônimo (Biscoito Fino), traz canções de nomes emblemáticos do samba, como Nei Lopes, Paulinho da Viola e o próprio pai, mas tudo vertido para seu estilo, com uma pegada erudita — ela é pianista clássica. Martinho é só orgulho com a empreitada solo da filha. “Maíra é uma estrela que começa a cintilar e todos os seus ouvintes serão admiradores que darão graças a Deus por ela existir”, derrete-se o pai coruja.
Ela garante que Martinho nunca tentou impor o samba em sua trajetória nem sugeriu desviá-la do caminho musical que escolheu. “Meu pai está todo bobo, enche a boca para falar com orgulho que tem uma filha que é formada em música. Foi ele quem me deu meu primeiro instrumento”, conta.
No disco, Maíra desconstrói o clássico de Martinho da Vila, ‘Disritmia’, em versão piano e voz com participação do pai. O dueto foi apresentado no ‘Programa do Jô’. Na ocasião, o apresentador brincou com o amigo de longa data e classificou Maíra como uma “filha tão bonita desse homem tão feio”. A bela pianista, registre-se, esbanja seu charme nas fotos do CD, com direito a um generoso close de suas costas dentro de um corselet. “Sou supermulherzinha, passo horas vendo blogs de maquiagem, adoro me emperequetar e me arrumar. Meu sonho era ser a Naomi Campbell”, revela.
Marmanjos, porém, nem se animem. Maíra Freitas está apaixonadíssima. “Há cinco meses comecei a namorar o percussionista Thiago Da Serrinha, exatamente quando comecei a fazer o CD. O plano inicial era gravar músicas mais dramáticas, tipo ‘ninguém me ama’, mas o romance acabou mudando a cara do disco”, descreve a pianista.
O tom descontraído é revelado a cada faixa, e sobra espaço até para fazer galhofa com um ex. Em ‘Corselet’, de sua autoria, Maíra canta que, para seu espanto, flagrou o noivo dentro de sua peça do vestuário. “Não quero difamar nenhum ex-namorado, foi só uma brincadeira”, desconversa, às gargalhadas. LSM
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