“É muito cansativo passar horas assinando livros (em SP foram quatro horas), apesar de gratificante. Essas tardes de autógrafos são tão exaustivas quanto fazer uma cena intensa de sexo”, compara Sasha Grey, ou Marina Ann Hantzis, seu nome de batismo, em um descontraído papo na orla do Leblon, em frente ao hotel... Marina! “Já ouvi mil piadinhas sobre isso hoje”, brinca ela.
Mas, Sasha, é realmente tão cansativo assim fazer filmes pornôs? Afinal, os atores ali têm prazer, ou estão todos sempre fingindo?
“Eu sempre tive prazer!”, atesta. “E sei de muitas atrizes que também têm. Mas, claro, às vezes, a química entre os atores não rola, e aí é que cansa, demora... Comigo já aconteceu várias vezes, de o ator não gostar de transar porque não sente atração por um corpo mais magro, como o meu, por exemplo. Tem também muitos atores que são gays não-assumidos, o que também dificulta bastante certas cenas”.
“As pessoas comparam, porque a literatura erótica faz muito sucesso e gera notícias. Mas o ‘50 Tons...’ é feito com uma estrutura mais tradicional, mais romântica que a do meu livro. Estou já planejando um filme baseado no livro, para o ano que vem, provavelmente”, anuncia.
SASHA IN RIO
Todo mundo tem a sua primeira vez, e nesta que é sua estreia em território brasileiro, mal aterrissou na capital carioca, pediu: “Nem quero ir ao hotel, vamos direto ao Pão de Açúcar”. E lá foi ela, serelepe, bater perna pela cidade. A programação para a noite era passar por boates na Gávea e Botafogo, e hoje pela manhã, se você correr, é capaz de esbarrar com ela na praia do Leblon.
Mas rapazes, atenção, nem se entusiasmem, porque agora ela é comprometida: “Estou namorando. Nos conhecemos depois que eu parei de fazer pornô. Ele tenta ser compreensivo, dentro do possível”.
NA PISTA
Além de atriz (ela também faz filmes não pornôs) e escritora, Sasha Grey também é guitarrista (“Meu maior ídolo é o Jimi Hendrix”) — já teve banda, aTelecine — e DJ. Hoje, ela vai mostrar seu repertório de house e deep house na festa moderninha do coletivo de fotógrafos I Hate Flash.
“Estou adorando conhecer a música brasileira”, derrete-se ela, já abocanhando um vinil de Jorge Ben Jor. “Lá onde moro, em Los Angeles, o Seu Jorge é muito famoso. Também me amarro no Sepultura!”, completa. LSM (fotos: Fernando Souza)
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