Ela não é uma típica roqueira, mas até que fala do assunto com certa propriedade. “Toquei piano na infância e, mais recentemente, aprendi a tocar bateria. É muito difícil coordenar pés e mãos, mas comprei uma da marca Pearl e até que me saí bem! Sempre que tem solo de bateria nos shows, eu babo”, conta Roberta Medina, 33 anos e fã do Metallica. “Mas prefiro as baladas deles!”, ressalta, sobre o grupo de metal pesado que toca domingo no Rock In Rio.
Hoje, na véspera de mais uma edição do festival, parece que tudo está como uma doce sinfonia. “As coisas estão acontecendo melhor do que esperava”, avalia Roberta. Mas a aprendiz de baterista teve mesmo que mostrar desenvoltura desde que o pai, o empresário e criador do festival, Roberto Medina, resolveu passar à herdeira o posto de ‘dono do Rock In Rio’. “Foi na edição de 2001, ele enlouqueceu: me colocou como coordenadora de produção sem eu saber nada do assunto. Foram nove meses sem vida social, só lendo contratos e acertando pagamentos”, descreve.
Até aquele ano, o evento para ela não era mais que um enorme parque de diversões. “Eu tinha 6 anos na primeira edição, em 1985. Lembro que me perdi no meio das obras, e gostava de brincar com aqueles óculos escrito ‘rock’ e de passar gel no cabelo. Já no segundo Rock In Rio, em 1991, o que eu queria mesmo era conhecer o New Kids On The Block”, recorda.
De lá para cá, Roberta Medina aprendeu muito mais que batucar em sua Pearl novinha. “Naquela época, os contratos traziam cláusulas inacreditáveis, como a que proibia o Ozzy Osbourne de comer morcego no palco. O Prince pediu 500 toalhas, que acabaram lá em casa, ficamos anos usando. O caso mais curioso que passei foi quando o Paul McCartney pediu para não venderem carne no festival, em Lisboa, o que acabei conseguindo contornar”, conta.
De tocar bateria a desenrolar com o ex-beatle, nada é impossível para a ‘dona do Rock in Rio’? “Ainda não consegui trazer o Robbie Williams para o festival. Foi o melhor show que já assisti!”, elogia.
Ah, Roberta, isso deve ser mais fácil que manejar baquetas e tambores: o cantor inglês suspendeu a volta com seu antigo grupo Take That e planeja uma nova turnê mundial. Dá para tentar escalar o moço para a próxima edição do Rock in Rio, em 2013. Que tal? LSM
Nenhum comentário:
Postar um comentário