“Desde que comecei a cantar samba, eu improvisava como uma jazzista e nem sabia. A lata d’água na cabeça tem muito a ver com o jazz”, decreta Elza. “Estou em uma fase de imersão total no gênero, que ouço 24 horas por dia. Meu marido já está chamando o Chet Baker de Chato Baker”, diverte-se, referindo-se a Bruno Lucide, de 27 anos, empresário da cantora e 46 anos mais novo.
Com o supergrupo que a acompanha na empreitada — além de Biglione, conta com o soprista Nivaldo Ornelas, o baixista Sérgio Barrozo e o baterista Victor Bertrami —, Elza fez três ensaios na Casa Rosa, em Laranjeiras. “Quero mostrar meu ecletismo. Com essa voz que Deus me deu, dá para passear por diversos estilos”, descreve a cantora.
Enquanto Elza soltava a voz na capital mineira, a diretora Elizabete Martins colhia mais material para o filme que desde 2008 está preparando sobre a artista. “Ela é uma personagem riquíssima, que tem relação com o futebol, com o Carnaval e, agora, com o jazz”, define a cineasta.
Com o nome provisório de ‘A Voz do Brasil’, o longa deve ser lançado em novembro de 2011. Elza, porém, ainda não aprovou o título. “Tem muita voz nesse Brasil”, descarta. LSM
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